CEO da Betsson AB está otimista com oportunidades na América Latina
O CEO da Betsson AB, Pontus Lindwall, garante que está “extremamente otimista” quanto as oportunidades de crescimento da empresa na América Latina, inclusive no Brasil, apesar das transformações que este último país, em especial, tem atravessado em relação ao segmento de casas de apostas. Ele espera um mercado muito competitivo para os próximos anos, mas garante que o grupo tem se preparado muito bem para isso.
Lindwall lembra que a Betsson obteve um sucesso inicial muito grande em mercados como o Peru. “Temos uma ótima presença e bastante organização em alguns mercados. Inegavelmente as possibilidades no continente estão crescendo e deverão permanecer em expansão por anos”, acredita o CEO da Betsson AB.
A receita do grupo para a América Latina aumentou 34,2% em pouco tempo e atingiu um recorde de US$ 72,2 milhões em operações. O item que mais impulsionou este crescimento foi o de jogos de cassinos virtuais. Argentina, Peru e Colômbia também registraram crescimento recente desta operadora.
Em relação ao Brasil, a empresa conseguiu uma licença provisória para operação no País, a partir do primeiro dia deste ano. A Betsson está agora preparando o que falta, segundo o Governo Federal, para conseguir a permissão para operação em definitivo. Pontus Lindwall enfatiza que espera que o mercado brasileiro seja bastante competitivo, mas assinala que o grupo está trabalhando com afinco para administrar o ritmo da c0oncorrência no mercado legalizado.
EUROPA
O executivo da Betsson criticou alguns reguladores que têm, de alguma maneira, entendido muito mal o seu papel, que deveria ser proteger os consumidores e gerar receitas fiscais. Ele pede mais colaboração entre as partes envolvidas no trading de bookmakers – empresas, Poder Público, clientes – para que tudo ocorra com mais tranquilidade e todos possam ficar satisfeitos.
O endurecimento das regulamentações, em especial na Europa, abrangendo aumentos de impostos e limites nos valores das apostas dos jogadores, deverá ter um forte efeito sobre o segmento de apostas legais. Isto tem gerado muito atrito entre os reguladores de alguns países e os operadores de apostas. Para Lindwall, uma consequência extremamente negativa desta “queda de braços” será empurrar os jogadores para o mercado ilegal, o que ninguém deseja e certamente deixará muitos apostadores bastante desprotegidos e vulneráveis a golpes e prejuízos às vezes vultosos.
As casas de apostas, garante o representante da Betsson, estão realmente tentando colaborar com os reguladores, com o objetivo de estabelecer um compromisso mais próximo. A preocupação com mais impostos existe, mas os bookmakers sabem que terão de aprender como lidar com isto.