Bets criticam bancos brasileiros por dificultarem suas operações

Laercio Laercio Costa
março 4, 2025
101 Views
banco central

Uma polêmica tem colocado em lados opostos entidades que representam as casas de apostas legalizadas pelo Governo no Brasil e instituições bancárias, que, segundo as bets, estariam dificultando as operações dos bookmakers já autorizados pelo Ministério da Fazenda a atuarem no País. Por outro lado, as ilegais estariam, de alguma forma, sofrendo menos a ação das instituições financeiras.

Segundo o presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), Plínio Lemos Jorge, algumas instituições financeiras estariam emitindo alertas para os jogadores que acessam os sites das bets legais, advertindo-os indevidamente e desestimulando os clientes. Com isso, acabam incentivando as pessoas a buscarem os bookmakers ilegais.

Tais mensagens, segundo o presidente da ANJL, até mesmo geram o bloqueio da senha ou do cartão do apostador, impedindo a transferência de dinheiro para a plataforma. “Os sites dos bancos não conseguem identificar bets ilegais em seus bancos de dados e por isso não enviam alertas do gênero para os usuários de plataformas não autorizadas a funcionarem no Brasil”, critica Plínio Lemos Jorge, que pede providências ao Poder Público.

A ANJL já informou o Banco Central sobre o problema, assim como à Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda, órgão regulador das casas de apostas no Brasil. Por enquanto nenhuma medida concreta teria sido tomada, embora tanto o BC quanto a SPA tenham se comprometido a dar mais atenção ao caso.

Outro problema que preocupa aos sites de apostas legalizados é a concorrência. Um total de 72 casas de apostas estão autorizadas a operarem em nosso País, mas muitas empresas clandestinas, normalmente sediadas no exterior, seguem com suas operações e estariam lucrando, segundo as estimativas, mais de R$ 1 bilhão por mês, sem o pagamento da taxa estipulada pelo Governo Federal e descumprindo critérios de segurança e proteção aos menores de idade.

O controle do segmento é um dos pontos mais importantes da regulamentação da atividade no mercado brasileiro, mas isto não estaria acontecendo. Por conta da relativa incapacidade de fiscalização e de coibir a atuação das ilegais, a concorrência ilegal está prejudicando os bookmakers que querem atuar de acordo com as regras.

Para o presidente do Instituto Brasileiro do Jogo responsável (IBJR), André Gelfin, há uma desvantagem competitiva no País, por conta da concorrência desleal promovida pelos ilegais. O Governo, destaca Gelfin, tem que tomar logo as medidas necessárias para que ninguúm saia prejudicado. As novas regras para o mercado brasileiro de apostas esportivas online foram lançadas oficialmente em janeiro deste ano.

Author Laercio Laercio Costa